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Presença de militares cubanos, russos e chineses nas Forças Armadas da Venezuela

Presença de militares cubanos, russos e chineses nas Forças Armadas da Venezuela

O ex-oficial venezuelano Pedro Mendoza, conhecido como “Russo”, que frequentou uma escola militar no país do leste europeu que apoia Nicolás Maduro, deixa uma coisa bem clara: a influência de países como China, Cuba e Rússia existe há muito tempo e é fundamental para compreender a crise na Venezuela.
Voz da América / Editado por Diálogo | 23 julho 2019
AMEAÇAS TRANSNACIONAIS
Ex-oficiais venezuelanos em exílio na Colômbia dizem que os militares cubanos estão na Venezuela há duas décadas. (Foto: Juan Barreto, AFP)
Mendoza falou à VOA em uma recente entrevista em Cúcuta, Colômbia, onde está exilado, junto com cerca de 1.400 outros ex-oficiais venezuelanos que deram as costas a Maduro. Mendoza, como os demais entrevistados, disse que está a serviço do presidente interino Juan Guaidó.
Ele disse que espera salvar a Venezuela e afirmou que o que atrai os governos estrangeiros que buscam influenciar o país é o interesse nas riquezas venezuelanas.
Segundo Mendoza, criar desconfiança entre as tropas tem sido a arma mais eficiente. “Essa tem sido a real influência de Cuba, a influência do governo cubano sobre a Venezuela e, especificamente, sobre as forças armadas: que todos duvidem de todos, que todos tenham medo de dizer algo, medo de confiar em qualquer coisa.”
A presença militar de Cuba na Venezuela é uma queixa constante dos agentes democratas, bem como das Forças Armadas venezuelanas.
“Cuba, através da G2 Cubana (ou inteligência militar), é responsável por distorcer tudo na Venezuela”, disse Héctor Sarmiento, outro ex-militar venezuelano em exílio na Colômbia, referindo-se ao que chama de “desinformação” e “ataques psicológicos” que levaram à desmoralização e à desunião entre as tropas.
Nenhum entrevistado citou os nomes dos oficiais cubanos inseridos na Venezuela.
Quando a VOA perguntou a Víctor Mérida, atualmente exilado na Colômbia, se ele conheceu algum militar cubano enquanto estava na Guarda Nacional Bolivariana, ele respondeu “Não vi [nenhum].”
Entretanto, ele está convencido de que eles fazem parte da estrutura militar venezuelana que mantém Maduro no poder. “Eles tratam disso muito isoladamente [...], estão nos escalões mais altos”, disse.
“Os militares cubanos estão presentes desde que o comandante Chávez assumiu a presidência da Venezuela”, disse Mérida, que afirma que o atual uniforme militar é similar ao dos membros das Forças Armadas Revolucionárias Cubanas.
Russos e chineses
Não se trata apenas de Cuba; Rússia e China também fazem parte do sistema militar que mantém Maduro no poder, de acordo com informação dos ex-militares venezuelanos à VOA.
“Nossa terra é cobiçada. Temos uma situação privilegiada”, disse Mendoza em relação aos russos, referindo-se aos recursos naturais como petróleo e ouro, abundantes na Venezuela.
Quanto à interferência estrangeira por parte da Rússia e da China, declarou: “Ela existe [...]. Muitos países querem controlar e interferir em nosso país”. Mendoza disse que a Rússia, um país que ele conheceu quando era estudante, “tem interesses na Venezuela”.
Ele acrescentou que “há militares chineses treinando na Venezuela, da mesma maneira que militares venezuelanos treinam na China”.

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