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Fortalecimento holístico de parcerias

Fortalecimento holístico de parcerias



Fortalecimento holístico de parcerias

Por General de Brigada do Exército da Colômbia Juan Carlos Correa, diretor de Exercícios e Assuntos de Coalizão (J7/9) do Comando Sul dos EUA

Fevereiro 27, 2020
No ambiente volátil, incerto, complexo e ambíguo em que vivemos atualmente, as parcerias se tornaram a mais importante abordagem operacional para enfrentar os desafios globais e regionais. As ameaças à nossa segurança e à prosperidade regional não se definem pelas fronteiras físicas; elas operam através de múltiplos domínios (terrestre, marítimo, aéreo, espacial e ciberespacial) no hemisfério ocidental e global.
Reconhecendo essa realidade, o Comando Sul dos EUA (SOUTHCOM) articula suas operações, atividades e investimentos (OAI) em três linhas de esforços (LOE, em inglês) muito definidas, mas, ao mesmo tempo, interdependentes. “Fortalecimento de parcerias” se torna a primeira LOE do SOUTHCOM que representa a importância dos relacionamentos sólidos e da confiança para enfrentar os desafios na região. Existem ameaças à segurança nacional dos EUA ou à segurança e estabilidade dos nossos vizinhos, tais como o crime transnacional, o extremismo violento ou as ações nocivas de agentes estatais e não estatais.
Portanto, a segunda LOE do SOUTHCOM é “Combate às ameaças”. Para que seja possível executar as LOEs anteriores, é necessário que haja mais do que estratégias, tarefas ou atividades; isso requer uma equipe capaz e articulada. “Construção da nossa equipe” é a terceira LOE do SOUTHCOM. Para que se atinja o nível necessário de eficiência e prontidão é preciso haver uma preparação intensa e contínua, e isso é o que este Comando faz diariamente.
O SOUTHCOM, através de seu quartel-general e seus componentes, leva a cabo essas LOEs na região e, mais precisamente, em sua área de atuação (AOR, em inglês), que é a América Central, a América do Sul e o Caribe. Esse artigo mostra os esforços do Comando através de sua Diretoria J7/9 (Exercícios e Assuntos de Coalizão) para fortalecer as parcerias, não apenas com os nossos países amigos, mas também com o governo dos EUA (USG, em inglês) e a sociedade civil, dando a essa abordagem uma perspectiva holística. A J7/9 atende ao empenho do comandante, alavancando parcerias, exercícios, operações de assuntos civis e atividades de assistência humanitária da sociedade em geral, para aumentar a segurança, a governança e a oportunidade econômica para deter agressões, derrotar ameaças, responder rapidamente às crises e criar capacidade regional (ver figura 1). A J7/9 comanda a terceira LOE “Construção da nossa equipe”, e aprimora a primeira LOE “Fortalecimento de parcerias”.
O SOUTHCOM é o primeiro e único comando combatente a ter como diretor um general estrangeiro. O diretor da J7/9 é um general de brigada do Exército da Colômbia, o que significa um total reconhecimento da confiança e parceria entre os EUA e as nações parceiras (PN, em inglês). A J7/9 encontrou métodos inovadores para alavancar a missão do SOUTHCOM, adotando uma atitude de “parceiro em primeiro lugar” para aproveitar o poder interagencial do USG, da sociedade civil e das parcerias com as PNs, para disponibilizar suas melhores capacidades para as OAI do Comando. Isso foi consumado através de um sem número de ferramentas que a J7/9 mobiliza, tais como treinamentos de comando, exercícios, ciência e tecnologia e operações civis e militares, resultando em contribuições importantes para a segurança nacional dos Estados Unidos. Essa organização permite que a diretoria faça uma abordagem holística da primeira LOE “Fortalecimento de parcerias”, tornando-se uma diretoria-chave para a promessa duradoura do SOUTHCOM.
Um dos métodos mais efetivos para fortalecer parcerias com nossas PNs é trabalhar juntos e criar confiança e interoperabilidade com base nos valores e princípios compartilhados. Em nossa região, a maioria dos países também compartilha o respeito aos direitos humanos, ao Estado de Direito e à democracia. Ao mesmo tempo, enfrentamos desafios e ameaças similares que podem ser tratados com uma abordagem regional e holística que garanta a segurança, a estabilidade e a prosperidade de nossas nações e da região.
Para tanto, a J7/9 do SOUTHCOM, através dos planos de sua Divisão de Treinamentos e Exercícios, coordena e supervisiona a execução do Programa de Exercícios Combinados e os destacamentos selecionados para treinamento, visando a manter as forças treinadas e prontas, exercitar os planos de contingência, apoiar o Plano de Campanha do SOUTHCOM (SCP, em inglês) e atingir um nível de treinamento conjunto e combinado. O SOUTHCOM executa anualmente mais de 10 exercícios conjuntos/combinados e 50 destacamentos para treinar o aprimoramento da prontidão de mais de 8.000 parceiros militares, civis e interagenciais dos EUA. Simultaneamente, esses exercícios envolvem militares de nações parceiras, forças de segurança e membros interagenciais de 35 países, com uma média total de 3.500 pessoas treinadas por ano.
Os exercícios supervisionados pela J7/9 do SOUTHCOM são divididos em duas categorias mais amplas: exercícios operacionais, e de interação de forças armadas estrangeiras (FMI, em inglês). A primeira categoria, a dos exercícios operacionais, ajuda a criar prontidão na sede do SOUTHCOM, ao mesmo tempo em que tem um envolvimento robusto das PNs e/ou interagencial. A segunda categoria, a dos exercícios de FMI, se concentra no treinamento das forças dos EUA com as PNs na AOR.
Exercícios operacionais
O PANAMAX (PMX) é um exercício multinacional de posto de comando (CPX, em inglês), com foco na segurança do Canal do Panamá e suas cercanias. Esse exercício enfatiza o uso de operações combinadas/conjuntas para dar respostas holísticas e integradas às ameaças transnacionais, às crises humanitárias e aos desastres naturais. O PMX começou em 2003 com três países e se expandiu para incluir quase todas as nações da região. Em 2018, o CPX do PMX de ampla escala envolveu cerca de 2.050 militares dos EUA e 550 das 24 PNs convidadas, incluindo uma fase de planejamento para ações durante as crises, sediada pelo Panamá. As PNs assumem a liderança para planejar e executar algumas partes do exercício. Em 2020, a Argentina liderará o Componente Marítimo, o Brasil o Componente Terrestre, o Chile será o subcomandante da Força Multinacional, a Colômbia comandará o Componente Aéreo, o Peru encabeçará o Componente de Operações Especiais, e o Panamá dirigirá a Força-Tarefa Alpha.
O PANAMAX ALPHA (PMX-A) é um exercício bilateral conjunto e combinado, planejado e executado pelo governo panamenho com os Estados Unidos. Semelhante ao PMX, o PMX-A também se concentra na segurança do Canal do Panamá e da região adjacente, para obter uma resposta holística e integrada às ameaças transnacionais, crises humanitárias e desastres naturais. O exercício é realizado em duas fases. A fase I consiste na instrução acadêmica apoiada pela Guarda Costeira dos EUA (USCG, em inglês), pela Agência de Redução da Ameaça à Defesa e pelo Instituto do Hemisfério Ocidental para a Cooperação em Segurança, além de um CPX focado nas medidas unilaterais de segurança do Panamá. A fase II consiste no planejamento bilateral e em um CPX com enfoque nas operações de segurança apoiadas pela Força-Tarefa Galleon da Guarda Nacional do Missouri, parceiro estatal do Panamá.
O Avanço Integrado (IA, em inglês) é um exercício exclusivo dos EUA criado para avaliar todas as soluções governamentais para enfrentar os desafios na AOR do SOUTHCOM e se dedica a melhorar nossa integração com os parceiros federais e locais, dentro do contexto dos planos de contingência do SOUTHCOM. O exercício é executado a cada dois anos como um CPX, com foco nas ações governamentais integrais de assistência humanitária/resposta a desastres (HA/DR, em inglês). O exercício é realizado em diversos locais, baseado nos cenários específicos onde o quartel-general e os componentes do SOUTHCOM interagem com as agências e organizações dos EUA. Em 2019, foram treinados mais de 2.000 membros do Departamento de Defesa dos EUA (DoD, em inglês) e parceiros interagenciais americanos, incluindo as agências nacionais, estaduais e locais.
O FUSED RESPONSE (FR) é um CPX operacional e um exercício de treinamento em campo (FTX, em inglês) liderado pelo Comando de Operações Especiais, Sul dos EUA (SOCSOUTH, em inglês), visando a melhorar o planejamento das ações em crises, a prontidão, a interoperabilidade e a capacidade das forças de operações especiais (SOF, em inglês), em apoio às crises regionais e às operações de contingência no exterior. É executado anualmente para melhorar a prontidão em executar os planos de contingência e para realizar destacamentos rápidos, com o objetivo de solucionar uma crise na AOR. Além disso, o exercício aumenta a integração, o treinamento e a prontidão das SOF, além de fortalecer as parcerias na AOR do SOUTHCOM. Em 2018, o exercício foi realizado em Trinidad e Tobago, e Barbados, e contou com o destacamento total do SOCSOUTH e de membros do Departamento de Estado dos EUA para solucionar uma situação com reféns na região. Durante esse exercício, foram treinadas aproximadamente 1.200 pessoas, sendo cerca de 900 do DoD, 80 dos parceiros interagenciais e 220 de duas PNs.
Interação das forças armadas estrangeiras
O Fuerzas Comando (FC) é uma competição de capacidades de operadores especiais e um seminário de líderes seniores (SLS), liderados pelo SOCSOUTH, com o objetivo de fortalecer a cooperação multinacional e regional, a confiança e a confiabilidade, além de aumentar a prontidão, a interoperabilidade e as capacidades das SOF para realizar operações de contingência. A Universidade de Operações Especiais Conjuntas apoia o SLS através do desenvolvimento do currículo e facilitando o diálogo com a liderança sênior de nossas PNs, encarregadas de desenvolver e implementar as políticas de combate às redes que ameaçam a região. O exercício é sediado anualmente por uma PN da AOR. Entre os participantes estão forças militares de operações especiais e de segurança de 28 PNs, que incluem membros do SOCSOUTH e 280 participantes das PNs.
Em 2019, o Chile sediou essa competição, onde as equipes de operações especiais disputaram entre si uma série de provas de habilidades correlatas e intercambiaram suas melhores práticas. A Equipe de Operações Especiais da Colômbia venceu a competição pela décima vez. Durante o SLS do FC, os líderes seniores discutiram sobre temas importantes e lições aprendidas com relação ao combate às redes de ameaças. Mais de 30 PNs foram convidadas, incluindo uma oportunidade de engajamento com chefes da defesa, responsáveis seniores pelas tomadas de decisões e políticas sobre o combate ao terrorismo e comandantes das SOF de todas as PNs. A Colômbia sediará a competição FC 2020, fortalecendo a parceria regional.
O UNITAS (ATLÂNTICO/PACÍFICO) é o mais antigo exercício multinacional contínuo das Forças Armadas dos EUA. e inclui operações de interdição marítima, antissuperfície e antiaéreas. Esse exercício comandado pelas Forças Navais Sul dos EUA é o principal veículo de promoção da interoperabilidade naval no hemisfério sul. Realizado como um FTX multinacional, esse exercício promove a cooperação para a segurança interamericana, através de um treinamento em nível operacional baseado em cenários do mundo real em um ambiente de treinamento intenso de combate marítimo. Em 2018, o UNITAS Atlântico e o Pacífico foram combinados em um único exercício na Colômbia, treinando mais de 700 militares dos EUA e 3.500 militares da Argentina, Austrália, Chile, Colômbia, Equador, Espanha, Guatemala, Honduras, Indonésia, Itália, México, Panamá, Peru, Reino Unido e República Dominicana. Em 2019, o Chile sediou o UNITAS Pacífico e o Brasil sediou o UNITAS Atlântico.
O UNITAS Amphibious é um exercício multinacional conduzido pelas Forças do Corpo de Fuzileiros Navais, Sul dos EUA, tanto como um exercício teórico (TTX, em inglês) ou como um FTX, para promover a interoperabilidade anfíbia no hemisfério sul, fortalecendo a cooperação de segurança interamericana através de um exercício baseado em cenários do mundo real, em um ambiente de treinamento intenso. Em 2018, o UNITAS Amphibious foi um evento para planejamento durante crises sediado pelo Brasil, que treinou mais de 20 fuzileiros navais e membros da força de infantaria naval dos Estados Unidos e de mais de 50 fuzileiros navais latino-americanos. Em 2019, o UNITAS Amphibious e o UNITAS Atlântico foram realizados em conjunto e sediados pelo Brasil (ver artigo na página 34).
O Forças Aliadas Humanitárias (FAHUM) é um CPX/FTX de HA/DR liderado pelo Exército Sul dos EUA (ARSOUTH, em inglês), com foco na América Central. O FAHUM foi projetado para desenvolver as capacidades das PNs para responder a um desastre de grande magnitude e fortalecer a cooperação hemisférica e a colaboração entre as entidades humanitárias regionais e as forças militares e de segurança na região da América Central. Aproximadamente 40 membros do ARSOUTH e da Força-Tarefa Conjunta Bravo e 240 membros de 14 PNs participam desse exercício anual. Em 2018, o exercício foi realizado na Guatemala e em 2019 na República Dominicana, incluindo 18 PNs convidadas e vários participantes internacionais e interagenciais.
O TRADEWINDS (TW) é um CPX/FTX multinacional e interagencial liderado pelo SOUTHCOM, com foco na rápida resposta a contingências de HA/DR e de segurança. O TW foi projetado para treinar os participantes em segurança combinada, manutenção da paz e determinadas operações marítimas, além de melhorar também a capacidade e a interoperabilidade das PNs na região do Caribe para responder a uma crise naquela região. Normalmente, o exercício envolve mais de 500 militares dos EUA e 1.700 participantes de 21 PNs, além de representantes interagenciais dos centros de operações de emergência da nação anfitriã, da Comunidade Caribenha e do Sistema de Segurança Regional. Em 2019, o TW foi realizado na República Dominicana e em São Vicente e Granadinas, e incluiu uma fase com foco na segurança e um TTX/FTX com parceiros regionais importantes para obter uma resposta a uma crise de HA/DR na região.
O Mais Além do Horizonte (BTH, em inglês) e o Novos Horizontes (NH) são exercícios de treinamento de preparação operacional voltados para a prontidão das unidades militares de engenharia, médicas e de logística dos EUA. Estão projetados para aumentar a prontidão operacional das unidades participantes dos EUA, fornecendo oportunidades de destacamentos no exterior em um ambiente hostil, além de realizar treinamentos em um ambiente multinacional/combinado. O treinamento realizado pelas unidades de engenharia, médicas e de logística dos EUA promove os interesses de segurança do USG e os interesses de política externa dos EUA, além de apoiar o SCP, proporcionando benefícios tangíveis à comunidade local onde o exercício é realizado. O treinamento de engenharia está primordialmente focado nas operações de construção, através da criação de sistemas rudimentares de transporte de superfície, perfuração de poços, construção de instalações de saneamento básico e construção e reparação básica de unidades públicas.
O treinamento médico se concentra nas operações de assistência médica e no comando de missões de serviços de saúde, oferecendo atendimento médico, cirúrgico, odontológico e veterinário nas regiões rurais ou carentes de profissionais da área da saúde de um país. Em 2018, os exercícios incluíram mais de 2.500 participantes de oito nações. Mais de 2.300 militares dos EUA, principalmente de componentes da reserva, receberam treinamento junto com quase 255 membros de PNs. Mais de 100 voluntários de 20 organizações não governamentais (ONGs) ofereceram apoio e contribuições em espécie às crianças em idade escolar e pacientes clínicos atendidos durante os projetos de assistência médica. Em 2019, o BTH foi realizado na Guatemala e a Guiana sediou o NH.
O SOUTHCOM também realiza todos os anos cerca de 50 Exercícios de Treinamento de Prontidão Médica (MEDRETE, em inglês), que treinam mais de 1.000 militares dos EUA e atendem a mais de 100.000 pacientes na AOR. Os MEDRETEs são realizados em coordenação com as forças armadas da nação anfitriã e com o Ministério da Saúde em toda a AOR do SOUTHCOM.
Para atingir uma abordagem holística e fortalecer as parcerias na AOR, além dos exercícios mencionados, a Direção J7/9 do SOUTHCOM também integra as entidades federais e não federais dos EUA e as organizações internacionais, em apoio às OAI na AOR. Com uma rede de mais de 100 agências e entidades não federais dos EUA, 126 ONGs, 25 fundações e 50 instituições acadêmicas, a J7/9 apoia a promessa duradoura do SOUTHCOM com o fortalecimento das parcerias. Esse esforço tem o apoio de 17 equipes de assuntos civis (CA, em inglês) destacadas na AOR para atingir o objetivo da estratégia do comandante.
Na direção, o Destacamento de Planejamento de Assuntos Civis (CAPD, em inglês) é uma equipe de planejamento encarregada da missão para assessorar o comandante do SOUTHCOM nas questões referentes às operações de assuntos civis; operações civis-militares; criação de instituições de defesa; mulheres, paz e segurança; e integração dos conselheiros militares das PNs. O destacamento projeta, coordena e/ou integra as OAI com as PNs e as organizações regionais, para melhor compreender, influenciar e moldar o ambiente operacional e assim poder fortalecer as parcerias, combater as ameaças e cronstruir nossa equipe. Os esforços dos destacamentos apoiam a execução bem-sucedida da Estratégia no Teatro e do Plano de Campanha do SOUTHCOM. Atualmente, há 17 equipes de CA destacadas na AOR, sob a liderança do SOCSOUTH. Essas equipes cumprem uma série de missões. Esse destacamento também apoia diversos exercícios do SOUTHCOM (por exemplo, PMX, IA, TW, FAHUM e NH).
As equipes de CA destacadas estão disponíveis para serem deslocados rapidamente a outras missões (visto que já estão destacadas em toda a região) para responder a uma crise na AOR. No passado recente, os recursos de CA foram deslocados para outras missões, para apoiar a resposta do SOUTHCOM a furacões, terremotos e outros desastres naturais ou causados pelo homem. Esses elementos são bem treinados para trabalhar e coordenar com outras agências do USG e entidades militares e civis das PNs, bem como ONGs e organizações privadas, facilitando uma resposta coordenada em uma emergência. O CAPD recentemente ajudou a criar a Célula de Coordenação Caribenha Multinacional (MNCCC, em inglês), trabalhando com os nossos assessores militares de PNs designados ao SOUTHCOM, especialmente nossos parceiros franceses, canadenses, britânicos e holandeses. A missão da MNCCC é facilitar as comunicações e o intercâmbio de informação entre os parceiros que colaboram para a resposta e a agência de resposta regional, nesse caso, a Agência Caribenha de Gerenciamento de Emergências em Desastres, com sede em Barbados.
Outro setor importante da J7/9 é a Divisão de Ação de Assistência Humanitária e Minas Humanitárias (HA/HMA, em inglês). O SOUTHCOM realiza atividades de HA/HMA para aliviar ou reduzir condições endêmicas tais como sofrimento humano, doenças, fome, privação e os efeitos adversos dos campos minados, ao mesmo tempo em que cumpre os objetivos de segurança nacional dos EUA. Para tal, o SOUTHCOM recebe verbas de Ajuda Humanitária, em Desastres e Cívica no Exterior (OHDACA, em inglês), para financiar as diversas atividades de HA/HMA que criam capacidades nas PNs para prestar os serviços essenciais às suas populações.
Essas atividades também apoiam os esforços das PNs para preparar-se, minimizar os efeitos e responder aos desastres humanitários. Em geral, esses programas financiados pela OHDACA oferecem uma ferramenta única de cooperação de segurança, vital para obter acesso, visibilidade e influência no hemisfério e alcançar os objetivos dos planos de campanha. Desde 2012, o SOUTHCOM, através da Divisão HA/HMA, executou mais de 4.000 projetos de HA/HMA, incluindo mitigação e preparação para desastres (881), assistência de saúde (2.089), apoio educativo (848), infraestrutura básica/engenharia (450) e ações de desminagem humanitária (19).
As sólidas parcerias entre os EUA e as organizações, instituições e entidades internacionais integradas através de uma rede são essenciais para uma abordagem holística e para o apoio do SOUTHCOM às OAI na AOR. Isso se consegue através de duas divisões da J7/9: a Divisão de Cooperação Público-Privada (PPC, em inglês) e a Divisão de Integração Interagencial (INT, em inglês).
A Divisão de PPC integra as Entidades não Federais (NFE, em inglês) em um esforço de toda a sociedade para promover a segurança, a estabilidade e a prosperidade na AOR do SOUTHCOM, identificando oportunidades de contribuição de bens e serviços das NFE para complementar as iniciativas, operações e exercícios de SC. Também facilita o acesso de expertos em assuntos específicos das NFE sobre os desafios de interesse mútuo para fortalecer a análise e melhorar a tomada de decisões, além de oferecer locais para que as lideranças seniores compartilhem e aperfeiçoem as mensagens, visões e perspectivas do Comando. Em 2018, o PPC coordenou 90 profissionais médicos e dentistas voluntários, universidades de primeiro nível e ONGs para aumentar em 15 por cento as capacidades do navio-hospital USNS Comfort em apoio à promessa duradoura do SOUTHCOM na AOR.
No mesmo ano, durante o NH e o BTH, o PPC coordenou a participação de 35 organizações das NFE e de US$ 1,3 milhão em donativos. A operação Promessa Duradoura/USNS Comfort 2019 mostrou mais uma vez o enorme compromisso e a capacidade de nossos parceiros de NFE, que contribuíram com serviços médicos e donativos para essa importante operação humanitária, realizada de junho a novembro de 2019 em toda a região (ver artigo na página 58).
Atualmente, existem mais de 20 representantes interagenciais de 15 agências e departamentos diferentes na sede do SOUTHCOM. Em 2018, a Divisão INT incorporou assessores políticos (POLAD, em inglês) do Departamento de Estado dos EUA a bordo do USNS Comfort, na missão Promessa Duradoura. Os POLAD foram fundamentais para a coordenação com as equipes dos países e seu sucesso foi transmitido ao chefe de Operações Navais dos EUA.
A Equipe do Campo de Assistência Técnica do SOUTHCOM conquistou o prêmio da Secretaria de Defesa dos EUA de Excelência em Manutenção, Treinamento, Assessoria e Assistência das Forças de Segurança Estrangeiras, em 2017 e em 2018. Isso mostra o compromisso do SOUTHCOM com nossos parceiros do Caribe, da América Central e da América do Sul.
Em resumo, o SOUTHCOM está totalmente comprometido com o fortalecimento das parcerias na região – uma região unida não apenas por todos os domínios (terrestre, marítimo, aéreo, espacial e ciberespacial), mas também pelos valores e princípios compartilhados. Com nossos parceiros do USG, nossas PNs e a sociedade civil, o SOUTHCOM continuará a manter uma abordagem holística para fortalecer a segurança, a liberdade e a prosperidade no hemisfério ocidental.


Créditos Diálogo, publicado originalmente em - https://dialogo-americas.com/pt-br/articles/fortalecimento-holistico-de-parcerias/

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