Pular para o conteúdo principal

*”Em velório de paraquedista, Bolsonaro diz que missão das Forças Armadas é defender a democracia”*

*”Em velório de paraquedista, Bolsonaro diz que missão das Forças Armadas é defender a democracia”* 

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse neste domingo (21) que a missão das Forças Armadas é defender a democracia. Ele foi ao Rio de Janeiro para o velório de um jovem paraquedista que morreu em um acidente durante treinamento. “A nossa missão, a missão das Forças Armadas, é defender a pátria, é defender a democracia. E como dizia [aquele] que se tornou um grande amigo, o ex-ministro Leônidas Pires Gonçalves [ministro do Exército no governo de José Sarney, morto em 2015], nós estamos a serviço da vontade da população brasileira”, discursou. Ele desembarcou no Rio pela manhã e participou de toda a cerimônia em homenagem ao militar, realizada no ginásio da 26ª Brigada de Infantaria Paraquedista, na zona oeste carioca. Por volta das 11h30, quando o caixão deixou o local, voltou diretamente para Brasília, sem falar com a imprensa. O evento contou com a banda do Exército e estava bastante cheio, apesar da pandemia do novo coronavírus. Compareceram muitos militares e a família e amigos do soldado, que chegaram em um ônibus. Quase todos estavam de máscara, incluindo o presidente. No vídeo do discurso, publicado por Bolsonaro nas redes sociais, ele tenta confortar os pais do jovem, diz que “todos nós, assim como o soldado Chaves, devemos nos preparar se assim um dia a nação o pedir” e parece se emocionar ao final, ao prestar continência à vítima. “Ele aqui, ao buscar vencer um obstáculo, se preparava, treinava, se empenhava, sofria, mas tinha um objetivo: formar-se e ser um militar da nossa gloriosa Brigada de Infantaria Paraquedista, cujo objetivo, com as demais forças, Marinha e Aeronáutica, era defender a sua pátria e acima de tudo dar a sua vida pela nossa liberdade”, afirmou.
Segundo o Comando Militar do Leste (CML), o soldado Pedro Lucas Ferreira Chaves, de 19 anos, morreu na manhã de sábado (20) depois de sofrer um acidente durante um lançamento de paraquedistas na Base Aérea dos Afonsos, próximo ao local do velório. O militar ficou preso à aeronave durante o salto. Foram feitos os procedimentos de emergência, mas depois disso o paraquedas não abriu corretamente e Chaves sofreu ferimentos graves ao chegar no solo. Vídeos gravados por moradores da região mostram o momento da queda. O soldado recebeu os primeiros socorros imediatamente pela equipe médica local e foi levado ao Hospital Geral do Rio de Janeiro, na Vila Militar, mas não resistiu. Foi instaurado um Inquérito Policial Militar para apurar as circunstâncias do acidente. “Está sendo prestado todo o apoio psicológico e religioso à família do militar. Os integrantes do Comando Militar do Leste e da Brigada de Infantaria Pára-quedista sentem-se consternados pela perda e rogam a Deus pelo conforto da família enlutada”, diz a nota do CML. Bolsonaro é capitão do Exército da reserva e já integrou a Brigada de Infantaria Paraquedista, entre o final da década de 1970 e início da década de 1980. Ele também sofreu um acidente de paraquedas naquela época. Segundo o livro "Bolsonaro: o Homem que Peitou o Exército e Desafia a Democracia”, de Clóvis Saint-Clair, ele perdeu o controle do equipamento ao passar por uma ventania durante um curso de salto livre e despencou de uma altura de oito metros na Avenida das Américas, uma das principais vias da Barra da Tijuca. Quebrou os dois braços e os tornozelos.
+++ Jair Bolsonaro se enrola na bandeira do Brasil como símbolo de patriotismo. O presidente cria uma simulação de patriotismo que é baseada no protocolo militar e, por isso, é bem aceita pelas Forças Armadas que permitem que Bolsonaro faça uso dos militares para se beneficiar politicamente. O patriotismo defendido pelo presidente não condiz com o todo da sua agenda política que “desprotege” e “precariza” o país e a vida dos brasileiros. As contradições nesse sentido precisam ser apontadas.
Créditos FPA

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

LGBT - Major Renata Gracin, da ativa no Exército Brasileiro, relata como foi a sua transição de gênero

    LGBT - Major Renata Gracin, da ativa no Exército Brasileiro, relata como foi a sua transição de gênero. Acesse:  https://youtu.be/n91MrkP9uTQ   A Renata Gracin é militar da ativa do Exército Brasileiro e neste vídeo ela relata a sua transição de gênero. Fotos retiradas de uma rede social. Contatos com o Blog do Capitão Fernando (51) 986388430 whatsapp - http://wa.me/+5551986388430 - - -

LFS DEFESA - SEGURANÇA - GEOPOLÍTICA: Saiba o que é o Super Tucano A-29N, avião militar brasileiro que será produzido em Portugal - créditos CNN

LFS DEFESA - SEGURANÇA - GEOPOLÍTICA:  Saiba o que é o Super Tucano A-29N, avião militar brasileiro que será produzido em Portugal. Créditos CNN Acúmulo de postagens - LFS DEFESA - SEGURANÇA - GEOPOLÍTICA: https://docs.google.com/document/d/1fuzS3CMaPwchd67A18CQ6BhJYRa_CPH6KzhZ7011Y0w   - - - - Siga nosso Instagram @redelfsdecomunicacao --- http://www.instagram.com/redelfsdecomunicacao Saiba o que é o Super Tucano A-29N, avião militar brasileiro que será produzido em Portugal Nova versão da aeronave seguirá as exigências das Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) Avião Super Tucano da Embraer Divulgação/Embraer Tiago Tortella da CNN em São Paulo 25/04/2023 às 04:00 Compartilhe: Ouvir notícia A ida do presidente do Brasil,  Luiz Inácio Lula da Silva  (PT), a Portugal selou uma série de acordos entre os dois países. Entre eles,  foi feito um memorando para a produção do Super Tucano , um avião de combate da brasileira  Embraer , no país europeu. Conforme explica o comunic

GEOPOLÍTICA - Em movimento histórico, Brics se expande e soma seis países do Oriente Médio, África e América Latina

GEOPOLÍTICA Em movimento histórico, Brics se expande e soma seis países do Oriente Médio, África e América Latina Argentina, Irã, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos e Etiópia são os novos membros do Brics Mauro Ramos Brasil de Fato | Joanesburgo (África do Sul) |   24 de Agosto de 2023 às 08:58 Líderes do Brics fazem declaração conjunta na manhã desta quinta-feira (24), no último dia da 15ª cúpula do grupo - Presidência da República Pela primeira vez desde a entrada da África do Sul em 2011, o  Brics  admite novos membros, em uma decisão que somará várias das maiores economias do Sul Global ao grupo. O anfitrião da 15ª Cúpula do Brics, o presidente sul-africano Cyril Ramaphosa anunciou na manhã desta quinta-feira (24), a admissão, pela primeira vez desde que seu país entrou ao grupo, de seis novos membros: Argentina, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã. Estes países passarão a formar parte formalmente do Brics a partir do dia 1° de janeiro de 2024.