Marinha do Chile destaca hospital flutuante em meio à crise da COVID-19
Por Guillermo Saavedra/Diálogo
Julho 07, 2020
O navio multipropósito LSDH-91 Sargento Aldea, da Marinha do Chile, foi destacado em meados de junho como hospital flutuante na costa de Valparaíso, na zona central do Chile, para prestar assistência médica a pacientes que não têm a COVID-19. A missão do navio é liberar os leitos dos hospitais locais para que eles possam se concentrar nos casos mais urgentes da COVID-19 e também evitar o contágio dos pacientes que não são positivos para o coronavírus.
O navio começou a prestar serviços no dia 22 de junho e conta com uma equipe de 10 enfermeiros e cirurgiões navais para a realização de intervenções de média complexidade, os quais trabalham junto com médicos, enfermeiros e técnicos de saúde civis. Segundo um relatório do Ministério da Saúde publicado no dia 30 de junho, Valparaíso é a segunda região do Chile, depois da região Metropolitana, que tem a maior quantidade de casos de COVID-19.
Antes de chegar a Valparaíso, o LSDH-91 Sargento Aldea estava oferecendo apoio, entre o início de abril e meados de junho, no litoral de Talcahuano, na região de Biobío, no sul do país, onde a equipe médica realizou 63 cirurgias de baixa e média complexidades, informou a Marinha em seu perfil no Facebook, no dia 21 de junho.
“O navio conta com todas as instalações necessárias para realizar essas cirurgias, podendo dessa maneira proteger os pacientes que ainda precisam de intervenções e não podem fazê-lo nos hospitais aos quais pertencem, devido ao coronavírus”, disse a Capitão-Tenente da Marinha do Chile Marina López, médica cirurgiã a bordo do navio LSDH-91 Sargento Aldea, em um vídeo publicado no Facebook pela Marinha.
De acordo com o portal da Marinha, o LSDH-91 Sargento Aldea, desde que foi adquirido da França em 2011, presta serviços como navio hospital e de transporte para unidades destacadas em operações de assistência humanitária. O navio conta com 22 leitos clínicos, duas salas de cirurgia, uma sala de raios X, uma sala de esterilização, um setor para queimados e um consultório odontológico.
“Nós nos preparamos logisticamente para nos deslocarmos a qualquer ponto do Chile e prestar assistência à rede de saúde, para que as equipes médicas [civis] possam concentrar seus esforços em atender os pacientes afetados pela COVID-19”, disse o Capitão de Mar e Guerra da Marinha do Chile Gastón González, comandante do LSDH-91 Sargento Aldea, ao portal de notícias Infodefensa.
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