Forças Armadas do Brasil iniciam missão na Amazônia para ajudar indígenas contra COVID-19
Rio de Janeiro, 23 nov (Xinhua) -- As Forças Armadas brasileiras (FAB) iniciaram nesta segunda-feira uma missão na Amazônia para ajudar populações indígenas a enfrentar a pandemia do novo coronavírus (COVID-19), informaram fontes oficiais.
Segundo divulgou o Ministério da Defesa, uma equipe de 26 profissionais da FAB, integrada por médicos, enfermeiros, veterinários e técnicos de enfermagem foi levada ao noroeste do estado do Pará (norte do país), perto das fronteiras com Suriname e Guiana.
Também participa da missão a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), que levará mais de 31 mil produtos entre medicamentos e equipamentos de proteção individual para atender aos profissionais da saúde que atuam na região.
O objetivo da missão é prestar cuidados médicos a 11 etnias da região que vivem em 21 aldeias perto da bacia do rio Trombetas. A equipe de veterinários realizará um controle de zoonoses nas aldeias.
A população indígena do Polo Base Oriximiná é a segunda maior do Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei), com 2.400 pessoas.
"As aldeias estão no meio da selva amazônica, em locais de difícil acesso, onde só é possível chegar de helicóptero ou avião. Em alguns locais, o acesso por rio só é possível durante o período de inundações, com viagens que podem durar até quatro dias de barco", afirmou o Ministério da Defesa.
Os atendimentos serão realizados nas Unidades Básicas de Saúde Indígena, em escolas indígenas e em tendas montadas pelas Forças Armadas.
Para proteger os indígenas do vírus, todos os profissionais e integrantes da missão foram submetidos a testes de detecção da COVID-19.
Na área do Polo de Base de Oriximiná vivem as etnias Kahyana, Kaxuyana, Hixkaryana, Tiriyó, Txikiyana, Tunayana, Xerew e Wai-wai, espalhadas nas aldeias das Terras Indígenas Nhamundá-Mapuera, Trombetas-Mapuera e Kaxuyana-Tunayana.
A população indígena é uma das mais afetadas pela COVID-19 no Brasil. Segundo o Comitê Nacional de Vida e Memória Indígena, cerca de 40 mil membros de 161 populações já foram contaminados pelo vírus, com cerca de 900 mortes.
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