China refuta comentários dos EUA contra política de integração civil-militar
Hua Chunying, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, responde a perguntas durante uma entrevista coletiva do ministério em Beijing, capital da China, em 3 de dezembro de 2020. (Xinhua)
Beijing, 4 dez (Xinhua) -- O Ministério das Relações Exteriores da China refutou nesta quinta-feira as acusações do Departamento de Estado dos EUA contra a política de integração civil-militar da China, pedindo ao lado americano que pare com provocações deliberadas e denegração contra a China.
A porta-voz da pasta, Hua Chunying, reiterou a posição da China sobre o assunto em resposta a uma pergunta relevante em uma coletiva de imprensa diária.
"Os Estados Unidos têm deturpado e difamado a política de integração civil-militar da China com motivações políticas, empregando sequestros morais, pressões políticas e até mesmo ameaças de sanções contra empresas e pesquisadores chineses e americanos", disse Hua, acrescentando que a China deplora veementemente e rejeita firmemente tal movimento.
É uma prática internacional comum promover o desenvolvimento integrado dos setores militar e civil, disse Hua, acrescentando que os Estados Unidos não são exceção.
Hua assinalou que os Estados Unidos têm uma história de "fusão civil-militar" que remonta ao período anterior à Primeira Guerra Mundial e que foi realizada de uma maneira holística e multifacetada, acelerando o ritmo nos últimos anos. Algumas empresas multinacionais americanas como a Lockheed Martin são o resultado da própria "fusão civil-militar", com operações e produtos cobrindo ambos os setores, comentou ela.
Hua disse que a alegação dos EUA contra a China reflete o típico "padrão duplo", pois proíbe que os outros façam algo que os próprios fazem. Sua verdadeira intenção é dar desculpas para justificar um bloqueio de alta tecnologia contra a China. Isso vai contra o espírito de cooperação internacional e a tendência da época e acabará prejudicando os interesses da China, dos Estados Unidos e de todo o mundo, acrescentou.
"A China pede que os Estados Unidos retifiquem suas palavras e atos equivocados, parem com provocações deliberadas e denegração maliciosa contra a China", disse a porta-voz.
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