DEFESA & SEGURANÇA - Snowden anuncia vazamento do ano sobre software israelense que clã Bolsonaro quis comprar
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Sistema Pegasus, que Carlos Bolsonaro quis trazer ao Brasil, foi usado para espionar jornalistas e autoridades no mundo inteiro
Houve um abuso generalizado e contínuo do spyware de hacking da NSO, Pegasus, que Carlos Bolsonaro quis trazer ao Brasil. A empresa, no entanto, para se defender, diz que o sistema é destinado apenas para uso contra criminosos e terroristas.
Vazamento
Pegasus é um malware que infecta iPhones e dispositivos Android para permitir que os operadores da ferramenta extraiam mensagens, fotos e e-mails, gravem chamadas e ativem microfones secretamente.
O vazamento contém uma lista de mais de 50.000 números de telefone que, acredita-se, foram identificados como de pessoas de interesse por clientes da NSO desde 2016, segundo o The Guardian.
A Forbidden Stories, uma organização midiática sem fins lucrativos com sede em Paris, e a Anistia Internacional inicialmente tiveram acesso à lista vazada e compartilharam o acesso com parceiros como parte do projeto Pegasus, um consórcio de reportagens.
Edward Snowden, ex-administrador da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, que vazou detalhes de vários programas que constituem o sistema de vigilância global da agência, anunciou a reportagem do The Guardian na internet.
“Esse vazamento vai ser a reportagem do ano”, afirmou no Twitter sobre a espionagem da Pegasus.
Clã Bolsonaro
Em maio deste ano, o vereador Carlos Bolsonaro tentou trazer a Pegasus para o Brasil. Apesar de ser apenas vereador, Carlos tem grande influência no governo do pai, Jair Bolsonaro. A proposta, no entanto, gerou uma crise política entre a ala bolsonarista do governo e o alto comando militar.
Como confirma reportagem do The Guardian, o spyware foi usado por governos ao redor do mundo para invadir celulares e monitorar conversas de opositores políticos.
O Pegasus permite rastrear em segredo todas as atividades da pessoa que teve o aparelho infectado. Desde mensagens enviadas e digitadas até informações de acesso a contas bancárias, redes sociais e email.
Também é possível usá-lo para ativar remotamente o microfone do celular espionado para ouvir ligações e tirar fotos com a câmera, além de acessar a localização e monitorar os sites navegados com o tempo de acesso em cada um deles.
Créditos Brasil247
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