Berlusconi: quando a máfia chegou ao poder na Itália
Nos países mediterrâneos sempre se cumpre o dito “De mortuis nihil nisi bonum”: de los muertos não se deve hablar mal porque um muerto não pode ser defendido. Mas os meios de comunicação, dentro e fora da Espanha, tiveram outros motivos para não falar mal de Berlusconi depois de sua queda. Era um magnata, uma personificação do capital, e não apenas nas grandes cadeias de comunicação de sua propriedade, como Mediaset, o mar, Telecinco, Quatro, FDF, Energy, Divinity, Be Mad...
Um “empreendedor” como é o arrastrador da aura do “homem que se atreve a si mesmo”, o triunfador, uma figura cercana ao “trepa”, o arribista que sempre esconde quem é filho dos que o têm contado e como es.
No início dos anos, Berlusconi não era mais do que um agente imobiliário, de onde passou para a construção, é dito, ao ladrilho, em uma época de emigração e urbanismo. Para acoger a los obreros del sur, las ciudades del norte de Italia precisam de novos bairros, edifícios, obras e carreteras, que sempre precisam de bons contatos políticos em ayuntamientos e ministérios para mover os papéis.
Mas antes que nada um “empreendedor” precisasse de dinheiro, capital e respaldo econômico, que Berlusconi logrou de um fundo obscuro financeiro com sede na Suíça. Fue la Cosa Nostra la que puso el dinero para que el magnata fundara Fininvest. A máfia trouxe enormes benefícios do narcotráfico para as empresas de Berlusconi.
Hace bien poco los tribunales italianos lo admitieron, pero al revés: “Fininvest ha financiado a la mafia” (*). O intermediário entre as duas partes foi o senador Marcello Dell'Utri, cofundador do Forza Italia e condenado em 2014 por "um delito de cumplicidade externa na associação mafiosa".
O pacto entre a Cosa Nostra e Berlusconi foi firmado em 1974 por ocasião de uma reunião em Milão entre o magnata Dell'Utri, o entonces padrino da máfia de Palermo, Stefano Bontate, e o mafioso Francesco di Carlo. Según los tribunales italianos, permaneceu em vigor até 1992, pouco antes de chegar à Presidência da República.
No início dos anos ochenta, com a privatização da televisão, os padrinhos de Berlusconi chegaram ao setor audiovisual. Compró Telemilano, que se converteu no embrião de uma televisão comercial, dirigido primeiro pela Fininvest e depois pela Mediaset.
Os políticos e os bancos foram contratados por Berlusconi e quem dirigiu a ambos (políticos e banqueiros) era Michele Sindona, es decir, a máfia. Además de sus vínculos con la Cosa Nostra, Sindona tenía vínculos con el banco vaticano, luego llamado IOR (Instituto para las Obras de Religión).
A amálgama política e financeira foi vendida por La Logia P2 (a que pertença a Berlusconi) e seu escapamento eleitoral, a Democracia Cristiana.
Berlusconi foi muito mais descarado que seus apologistas e nunca renegou seus vínculos com notórios miembros da Máfia, entre eles o capo Stefano Bontate, que nos anos sete foi o padrino máximo do mundo mafioso, ni con o gângster Vittorio Mangano, um quien o juez Paolo Borsellino descreveu como “uma das cabeças de puente da máfia”.
Na segunda guerra da máfia, os “corleonesi” derrotaram os “palermitani” e Toto Riina se colocaram à frente da organização. Mas os recém-chegados mantiveram o cuerdo selado em 1974 com Berlusconi. O padrino em pessoa cultivou as relações com Fininvest a través de Craxi, é decir, do partido socialista.
Em 1991, Berlusconi e Dell'Utri estavam interessados em comprar a zona antiga de Palermo e fue Riina quem preparou o contrato. Três anos depois, quando Berlusconi se converteu no Presidente da Itália, a máfia havia conseguido seu objetivo. Para um gângster não pode haver maior satisfação do que chegar ao mais alto, à cúspide de um país.
(*) http://www.lindipendente.online/2021/10/21/la-corte-di-cassazione-conferma-fininvest-ha-finanziato-la-mafia/
Créditos MPR
Comentários
Postar um comentário